sábado, 3 de setembro de 2011

Eu, porco, me confesso.

Estou a ficar deveras preocupado com os meus comportamentos mais recentes. Começo a questionar se realmente fui criado numa sociedade civilizada ou se fui apenas brainwashed para apagar a memória dos tempos em que comia migalhas de pão bolorento no chão da barraca.
Ultimamente não perco uma oportunidade para arrancar um macaco do nariz. Se me apetece e incomoda, lá vou e tiro. Preocupo-me porque faço-o alheio a quem me rodeia sem limitações cerebrais sobre o que é correcto ou não. Estás a falar comigo, ah e tal e o tempo, o quê? Espera, tenho aqui um macaco no galho.
É medonho. É de uma senilidade assustadora e eu nem à casa dos 30 cheguei, acreditem.
Não os ponho na boca, é um facto, porque a nutrição para mim, tem outro significado. Mas tiro-os sem dó nem piedade, sem descaramento nem pudor. Sou um porco. É dar-me uns meses e ponho-me a soltar puns em qualquer aniversário, casamento ou funeral.
Mas reconheço. E dizem todos os clichés ligados aos AA, que o "reconhecimento é o primeiro passo para a mudança". Portanto vou procurar tratamento ou algo do género. Mas, por favor, tirem-me o dedo do nariz.

Sim, já tirei dois no espaço de tempo em que escrevi isto.

2 comentários:

Pink World Fabuloutin disse...

2 semanas... passaram apenas 2 semanas que o general deixou a casa e já estás neste estado... já vi começar por menos... meu amigo... deixe-me dizer-lhe que ou pede ajuda rapidamente ou quando o general voltar estará num estado em que será obrigado a deixar o aconchego do vosso lar... e a levar consigo as caixas de pizza vazias e bolorentas!!! :|

Don Draper disse...

cuidado para não ficarem colados na barra de espaços. os protectores dos animais não iam gostar.