O bom de trabalhar ao Sábado à tarde é que não há nada de bom em trabalhar a um Sábado à tarde. Meio mundo passeia os seus largos cus pelas ruas e praias enquanto se está fechado dentro de quatro paredes a trabalhar. E isso é o melhor que se pode ter.
Na tentativa de fazer valer a tarde perdida e de dar asas à minha jovialidade, telefonei à minha amiga fodilhona. Não que eu quisesse foder com ela apesar do meu fodilhão de serviço ter decidido passar o fim de semana no Alentejo com os pais numa tentativa de cicatrizar a pele macerada.
Fui buscar a Fodilhona ao local de trabalho e instalei-a no banco do carro que estava coberto de purpurinas devido a um convite de casamento brilhante mas feio que tinha recebido, o que faz crer que ando a fazer serviço de chauffeur a travecas.
Fomos em direcção a uma esplanada conhecida da noite de Lisboa e que foi aparentemente o destino de 2/3 de Lisboa mas rapidamente conseguimos uma mesa por sermos apenas dois. Bebemos caipirinhas enquanto falávamos mal de meio mundo, e agendamos falar mal do outro meio mundo na próxima saída.
No final, aquilo estava à pinha qual Feira de Borba. A fodilhona disse no seu português mais eloquente: foda-se, podíamos sair desta merda sem pagar que ninguem reparava. E saímos. Sem pagar. Ninguém reparou.
Começo a perceber a adrenalina que se instala nos cleptomaníacos. E fui feliz para casa. Em minha defesa, estou sem foder há dois dias portanto tenho direito a encontrar a felicidade nas pequenas coisas.
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