quinta-feira, 14 de julho de 2011

Amsterdam Day 4

Acordamos. O último dia sabe sempre a cocó porque por mais tempo que se tenha, há toda uma preocupação com malas e horas no aeroporto.
Fomos entregar as bicicletas, arrependidos de não ter feito um seguro contra as assaduras do cu. Depois de enfardar o pequeno-almoço como se estivéssemos a concorrer à prova da tentação, enfiamo-nos por uma conalassenstraat qualquer para fazer compras. Comprei roupa e ímans para as amigas (não hímens) para colocarem nos frigoríficos (que mais tarde vim a descobrir, serem encastrados).
A pedido da outra parte, fomos beber da cultura museológica da cidade. O que vale é que conseguimos fazer sempre os museus em pasodoble, sem grandes paragens para mirar a mestria com que o ponto negro está enquadrado na tela branca. Mas tive que parar para mirar a minha ídola holandesa: a Leiteira. Aquela personagem humilde e singela que verte uma jarra de leite com toda a pompa e circunstância para fazer um dos queijos famosos da região. Não estou a brincar, gosto mesmo do quadro e há qualquer coisa de poderoso no título do quadro: A Leiteira. Claro está, uma marca portuguesa qualquer de produtos lácteos optou por prostituir aquele quadro e fazer dele imagem de marca dos seus iogurtes. Não é a mesma coisa. Arte é arte. 
Não fomos ao Museu de Van Gogh porque felizmente não havia tempo, e porque sinceramente olhar para um par de botins que os experts afirmam ser um "auto-retrato?&%&", ultrapassa os limites da minha paciência. O mais provável é o senhor ter olhado para os botins e decidido pintar os botins, porque à falta de inspiração, havia ali botins. Ponto.
Fomos para o aeroporto onde alguém perdeu o seu boarding pass. 
Chegamos a Lisboa a horas de apanhar o Peso Pesado, não fosse a crise de ansiedade despoletar numa certa pessoa.


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