Depois de um Dia dos Namorados bem regado com vinho para que eu e a minha amiga nos pudéssemos esquecer que tínhamos orientações sexuais diferentes, hoje decidimo-nos divorciar.
Muitas razões haviam para ficar e muitas coisas fingi não reparar para não me chatear, nem partir a loiça toda.
Não vou mencionar o quanto me incomodava as narinas de cada vez que ela se ria às gargalhadas e peidava alegremente sem se aperceber, estilo metralhadora a acompanhar a gargalhada em uníssono.
Não vou mencionar o facto de ela ter passado seis meses a tirar macaquinhos do nariz e fazer rolinhos na mesa da sala de jantar até o dia em que deixamos lá uma travessa e tivemos de deitar ácido na mesa para aquilo se descolar, sempre sob o queixume de que "se calhar a travessa estava tão quente que colou"... se calhar.
Nem vou mencionar o quanto me repudiava ela usar a minha manteiga de amendoim para fazer obscenidades no quarto com os gatos e depois voltar a por a manteiga no frasco para posteriormente servir um brunch cá em casa para os amigos com "bolinhos de amendoim saborosos caseiros".
Até lhe perdoei as vergonhas que passava quando ela colocava o vibrador na máquina de lavar a loiça para depois servir vinho aos meus amigos e corar quando vislumbrava um pêlo púbico a boiar em Periquita e eles beberem por constrangimento de demonstrarem que repararam.
Agora chegar a casa cansado do trabalho e ver que ela ainda não me lavou o prato dos cereais, é a gota de água.
Sempre achei que eras uma senhora mas hoje descobri que eras uma porca. Hoje. Adeus
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