Ao contrário de todas as exigências curriculares e certidões e entrevistas que me exigem quando me candidato a um trabalho, não sou nada exigente quando contrato uma empregada doméstica.
Provavelmente porque as admiro uma vez que conseguem fazer coisas completamente fora do meu alcance de competências, como limpar e passar a ferro, sou pouco exigente com todos os trâmites da contratação.
Se são responsáveis, não badalhocas, não me roubam os vibradores e não dão bufinhas pela casa enquanto aspiram e já me considero um patrão cheio de sorte. Não lhes peço recibos, não sou exigente com a hora de entrada e de saída, nem sequer lhes peço para me fazerem broches; enfim, um santo, eu.
Mas não há nada que me dá mais vontade de enfiar uma vassoura embrulhada em farpas pelas suas coninhas acima quando me telefonam após duas semanas de trabalho a pedir subsídio de férias e de Natal senão "não têm que comer enquanto (estou) de férias".
Voltei à estaca zero: procuro empregada. Ou uma puta que não tenha que fazer durante o dia e saiba limpar. Essas ao menos não pedem subsídios. Ouvi dizer.
2 comentários:
Olha, eu qualquer dia abraço essa profissão. Nunca vi outra com tantas regalias. Passo a ferro maravilhosamente. Depois aviso-te. (O ordenado não é problema.)
Ela arrependeu-se e voltou. Eu há coisas...
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