sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Praxe da Época Balnear

Hoje depois de uma longa noite de trabalho, combinei com a minha amiga Badalhoca passar o dia a dormir na praia. Mais numa de aproveitar a onda de calor que anunciaram para estes dias porque estou sempre com medo que o mundo acabe amanhã. E porque estou farto de não aproveitar oportunidades raras como a de ter estado presente na Guerra Civil do Pingo Doce.

Rumo à praia, paramos num supermercado para adquirir uma marca branca de um protector solar que eu cá sou como o cão do Pavlov e já estou farto de apanhar escaldões.
Não havendo protectores solares no supermercado nem nas proximidades porque "ah e tal, ainda é muito cedo, não encomendamos porcos de merda que vão passar o dia na praia e somos uns invejosos", lá nos dirigimos a uma farmácia. Farmácia essa que só tinha uma marca de protectores solares disponível. Provavelmente a marca que não escoou do ano passado, uma vez que também restava pouco mais que factor 15. Ao virar do frasco, demos com a módica quantia de quase 30 euros por meia grama de creme. 

Olhamos para o céu e perante o estado de nebulina que cobria todo o céu, viramos o nosso cu de forretas que achamos aquilo um ultraje. Prevenir custa os olhos da cara mas a quimioterapia para o melanoma diagnosticado é de borla. 

Conversamos, adormecemos, almoçamos, mergulhamos, sempre sob o olhar de um raio de sol envergonhado por entre nuvens cinzentas que fariam prever uma tempestade do caraças.
Findado um longo dia de praia, sinto-me bem: uma framboesa inflamada que nem consegue dobrar os joelhos. Tive medo que o sabonete arrancasse a minha pele de lagosta e agora estou num frenesim de aplicação de creme num rácio 2 minutos para aplicar / 10 segundos a absorver e a desaparecer qualquer vestígio. 

Mais um ano, e Pavlov chora. E eu também. Nunca aprendo.

1 comentário:

Poisoned Apple disse...

Adorei! :)

Eu também já apanhei um escaldão entre as maminhas e o verão mal começou. Espalhei mal o creme, merde!