terça-feira, 27 de março de 2012

Manic Monday

Ontem finalmente fui abrir a minha época balnear pessoal e passei a tarde na praia. Estava calor e apeteceu-me ir com três amigas (duas fodilhonas, uma nem por isso). Alguém disse-me que devia ter cuidado que o sol de Março faz mal. Claro que olhei assim com cara de deficiente porque nunca ouvi tal coisa. É melhor alguém avisar os brasileiros que estão todos no areal a cultivar o cancro de Março. Quem inventou isso talvez também tenha sido o autor da laranja que mata à noite. A mim mata-me de facto porque fico com as mãos a cheirar a laranja a noite toda por mais que as lave.

Escusado será dizer que estava um bafo de fazer assar as peles. Escusado será também dizer que estávamos mais brancos que a cal. Escusado seria o mulherio chegar à praia e despir-se de preconceitos, colocando-se estrategicamente de perna aberta para permitir a entrada do sol ao ponto de quase conseguir que o raio de sol lhes faça um papanicolau in loco. Não é que eu tenha nada contra a cona alheia, mas com o bafo que estava e a acrescentar ao cheiro a ganza que se fazia sentir ao lado, o meu cérebro estava a sentir-se hiperestimulado. E eu queria dormir.

Quando o calor era insuportável, a opção água revelou-se insustentável, tal era o gelo. Eu não sei quanto aos outros seres humanos, mas eu preciso de ter sangue a circular nas pernas e o gelo não me permite esse luxo. Rapidamente apercebi-me de que o calor não era assim tanto e regressei à toalha.

E qual é o propósito deste relato? Nenhum. Só queria demonstrar que enquanto vós trabalhais arduamente entre quatro paredes, eu, três putas, um grupo de drogados e a menina do mexilhão ao sol, aproveitamos para disfrutar do dia de calor.

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