A minha amiga tem dois namorados: o oficial, aquele sonho de qualquer miúda que faz tudo o que ela quer, está sempre lá para o que for preciso. É querido e amoroso. O não-oficial, casado e com uma filha, muito mais velho mas que a cada vez que se encontram provocam na minha amiga um fervilhar de emoções que ela nunca pensou ser possível.
A história não é nova. Anda meio mundo enrolado com meio mundo que por sua vez anda enrolado com meio planeta vizinho. Isto tudo para poder sentir o "fervilhar". E segundo a minha amiga, só eu é que sei (e agora nós) porque só eu não condenaria. Se eu condeno? Não. Se pratico? Não. Mas porque haverei eu de condenar o que anda meio mundo a tentar alcançar no seu íntimo? Sim, somos católicos e então? Se eu bem me lembro, Deus disse "Amai e multiplicai-vos"... não disse com quantas pessoas é que podíamos fazer isso. Cada um interpreta como lhe convém. Não andam todos a fazer a sua leitura desde sempre.
Portanto sim amiga, faz o que te faz feliz. Se há pessoas magoadas pelo caminho? Não é o meu papel nem o de ninguem julgar-te.
Apaixonai e fornicai-vos... com quem quiserem e com quantos quiserem.
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