Custa-me ver o país entrar num crescente degredo. E não estou a falar das putas do Intendente ou da imigração ilegal em Bragança. Não, é mesmo dos momentos televisivos.
Falamos do Festival RTP da Canção.
Já ninguem vê aquilo com olhos de ver desde os dias da Sara Tavares. Mas, assistir aos candidatos de 2011 é um verdadeiro pedido de ajuda para cuidados paliativos, que não há quem aguente tanto sofrimento. Uma colonoscopia a seco deve doer menos. Não. Construir uma barragem à base de pedras no olho do cu dói menos.
E como se isto não bastasse, as músicas mais votadas são aquelas que na verdade são mais obstipantes. E não me venham f#$%r com a questão do gosto! Ninguem questiona se o som de uma porca a ser degolada em época de matança é barulho ou música. Ah pois. É igual: tudo barulho do mais insuportável que há.
Para o ano juro que vou submeter uma melodeca ao jeito da Tia Anica que não fale em "mar", "saudade" ou "brisa" e vão ver aquilo ascender ao topo. Não é que seria boa... mas a concorrência mete dó.
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