Chegou aquela altura do ano em que todos os blogs portugueses com aspirações a editoras da Vogue começam a pipocar imagens das colecções loucas de lindas dos nossos criadores nacionais. Claro que se eu fosse estilista punha as modelos todas com vestidos e crocs. Ou talvez não porque não há nada melhor que ver uma modelo de saltos a esborrachar o focinho na passerelle enquanto aproveitamos o riso da plateia para soltar aquele peido preso.
Este ano, patrocinado por uma companhia de Vodka, eu recebi passes. Claro que só uma companhia de vodka me ofereceria uma coisa destas porque, convenhamos, eu estou-me a cagar para os trapos. Quero é bebidas grátes.
Não há mais nada que eu possa fazer numa moda lisboa porque eu não vou comprar porra nenhuma e portanto como ocupante de uma das raríssimas cadeiras, eu sou um peso morto. Mas depois olhando à minha volta, reparo que afinal todos são e denoto que aquilo afinal trata-se de uma festa gira para entreter os pobres duas vezes por ano. Aceito. Desde que me mantenham o copo cheio caralho.
E portanto sinto-me na obrigação de partilhar a minha rica experiência convosco de forma a mostrar o outro lado da Moda Lisboa que ninguém comenta: o lado melhor.
Cheguei p'ra já com a picha apertada de mijo porque tive de fazer o percurso das capelinhas para ir buscar as minhas amigas labregas wannabe e o meu patrocinador. Enquanto homens e mulheres entravam airosamente como se ter um convite fosse uma grande coisa (basta um broche... e nem isso tive que fazer), eu lá entrei a correr em modo saiam da frente caralho que eu quero mijar.
Já com as azeitonas secas, fui dar com as minhas pirosas a sacar revistas e tudo o que era entulho para dentro de sacos. Eu, fingindo que não as conhecia, fui para o outro corredor fingir-me interessado. Só depois deparei-me que estava em frente ao stand dos papéis higiénicos da Renova. Às cores. Porque não há nada como limpar o cu com estilo.
Olhando para aquela festa vazia de interesse e com pouca coisa que eu possa roubar, fiz-me ao álcool. Entretanto já as minhas amigas pirosas andavam sentadas no stand da L'Oreal a dar algum aprumo àqueles cabelos mal amanhados que decidiram levar. Entretanto começou um desfile. As pessoas fizeram uma fila monstruosa de tal forma que se não fosse o programa das festas a dizer-me que era um desfile, ia achar que estavam a oferecer pirocas angolanas tal o amontoado. O meu cu não se mexeu. Quer dizer mexeu-se quando fui buscar o segundo copo.
Entretanto vieram as pirosas com os cabelos transformados em caniche. Engasguei-me num cubo de gelo e aproveitei para dizer-lhe de forma simpática que mais valia terem-lhe rapado o casco do que fazer aquela merda. Aproveito para fazer a minha primeira publicidade a uma marca a ver se me compram: Se virem um stand da L'Oreal a oferecer penteados grátis, sentem-se e experimentem... se quiserem que o vosso cabelo fique como a pintelheira de uma actriz porno dos anos 80. Amanhã se ingerir álcool suficiente, vou lá pedir um alisamento à pintelheira.
Vim-me embora porque amanhã é dia e eu quero ver corpos nus. Dispenso os desfiles todos antes das 18 porque preciso de dormir e ter tempo de qualidade para mim e para o meu mangalho que às vezes precisa de festas. Estive tentado a oferecer os convites do início da tarde a um vagabundo para ir beber à ala VIP enquanto eu não chegasse, só para agitar ali as águas mas provavelmente ninguém ia ligar que há ali com cada ave rara.
Até amanhã meus pequenos póneis.
Bjufas do vosso fashionista.
lol.
1 comentário:
nao tiraram fotos vossas? nao vi nada! so vi os cabelos a caniche da pinky!
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