Eu compreendo que nos tempos que correm as pessoas passem para segundo plano a aquisição de fragrâncias quando não há dinheiro sequer para o leite; compreendo que face às facturas mensais que teimam em cair na caixa de correio, a água passe também a ser um bem equacionado. Uma axila hoje, uma borda amanhã. E não há mal nenhum nisso.
Mas não há cu que aguente um aroma intenso a katinga às seis da tarde, num supermercado, ao ponto de provocar broncospasmos em quem está de passagem. A senhora que exalava tal perfume, e que até estava com cara de quem se arranjava com algum cuidado, emanava um cheiro a favas com chouriço deixadas ao sol que não havia maneira de poder-se continuar a fazer compras na mesma ala.

Mais tarde, já de certa forma nauseado, estava a terminar a compra de ingredientes para um prato que já nem me estava a apetecer tanto, até que o peido engarrafado aproximou-se da padaria para onde eu me dirigia e eu já não aguentei mais: Que se foda a broa, vou fazer bacalhau com pão de forma!
2 comentários:
Isso é completamente insuportável!
Mas bacalhau com pão de forma??
Nãaaoooo!
:(
Vê lá se eu não me torno no próximo Gomes de Sá
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