domingo, 7 de fevereiro de 2016

Sunday Life

Em jeito de renovação espiritual (e porque estava aborrecido), resolvi reinstalar aquela aplicação que nos traz o príncipe encantado numa bandeja com juras de amor eterno. Sentei-me no sofá, acendi uma vela, fiz um chá, pus música ambiente, ignorei a minha amiga no sofá ao lado a falar sobre as maravilhas do seu vibrador XL2016, e instalei a dita.

Após selecção criteriosa de fotografias em que não estivesse com algum macaco à porta, pus mãos à obra.

Descobri com esta aplicação que 90% dos meus conhecidos estão solteiros quando pensava que já iam no terceiro filho (ou então estão a brincar além-cerca). Descobri também muitas caras repetidas o que diz muito acerca do sucesso casamenteiro desta aplicação. Alheio às provas irrefutáveis prossegui.

Descobri que 80% dos candidatos andaram na Faculdade de Medicina de Lisboa, pelo que começo a achar que o verdadeiro Trumps está nas instituições do SNS. E já sei que escuso de ir à urgência em dia de Arraial Gay porque ninguém lá está. Se algo me acontecer, tomo um Brufen. Esperar por esperar, espero em casa. Ou no Arraial.

E redescobri que todas as conversas começam da mesma forma:
- Olá
- Olá
- Tudo bem?
- Tudo e ctg?
- Tb.

E é isso. Depois, ou proponho-os em casamento de seguida em jeito psicopata ou falo sobre o tempo. Uma verdadeira emoção isto.

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