terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Madrid Day 1

Já no avião para Madrid limitei-me a dormir portanto acerca da viagem de avião nada tenho a acrescentar. A não ser que queiram que eu vos relate o meu sonho em que eu era sodomizado por 15 homens de barba rija mas isso deixo para o livro que estou a escrever intitulado "50 Sombras do meu olho do cu - equimoses".

Chegados a Madrid, constatei mais uma vez que esta cidade tem algo de badalhoco que o caracteriza. Deve-se provavelmente à língua proferida pelos espanhóis que me remete constantemente aos filmes pornográficos que usam a língua espanhola como acelerador do momento ejaculatório. Há algo de porcalhoto até na forma como uma velha diz ¡hola!. Até a palavra iglesia soa-me a entranhas genitais. Ou então deve-se àquela pronúncia de língua enrolada que faz adivinhar a presença de um colhão na boca constantemente. 

Procuramos o nosso "hotel" ali nas bermas do Sol. A palavra desilusão não pode ser usada aqui para descrevê-lo dada a grandeza do susto. O lobby era de um podre rústico com um cheiro que faz sonhar com noites a dormir num caixote de lixo. Paramos no terceiro piso graças ao chamamento de uma velha com ar de puta (e quem não tem?) de cigarro na boca. "Abajo?" pergunta a kenga. "Arriba" respondemos nós. "Coño" responde a ordinária.

Encaminhados para o nosso quarto de "hotel", deparamo-nos com um belo sótão. Claro que tinha kitchenette como prometido (que trocaríamos de bom grado por um quarto verdadeiro), e umas belas caminhas e um chão de tijolo. Obviamente que ninguem me falou que 70% do quarto era coberto por um tecto de 1,50m de altura. O que para o meu 1,82m a tender para 1,80m foi deveras um prazer para manter uma postura erecta e não acentuar a minha corcunda. 

A porta da casa de banho era constituído por um dos mais recentes e modernos materiais do design arquitectónico: o vidro. E nada me dá mais prazer que ver os meus amigos a cagar. Tomar banho de cócoras estava longe de ser um momento yoga por mais que contorcesse o corpo. Hotel boutique my ass.
Sim, eu dou-me com ordinaronas de verniz vermelho.

Chegado o terceiro elemento para esta nossa viagem, fomos dar umas voltas. Queríamos jantar num restaurante na Chueca. A minha dondoca que já cá teve 50 vezes ao invés dos meus míseros 4, começou a dar indicações para uma Chueca que havia na cabeça dela. Ora eu sou uma merda no que respeita a orientação geográfica, mas no que toca ao meu faro homossexual, rapidamente os guiei sem demoras. Confesso que senti algum orgulho por conseguir guiar sem erros os meus amigos ao Antro da Bicharada. Restaurantes com "bom ar" como diriam os meus amigos com a mania que são gente, era coisa que não faltava. Ficamo-nos pelo Bazaar que tem os três B's: Boa Comida, Barato e Bom Ar. Quatro, se contarmos com as Bichas mas nem havia muitas. Se me lembro bem, éramos os únicos.

Para finalizar a noite, metemo-nos num bar "mixto" para a minha amiga dondoca não se sentir tão incomodada com o cheiro a sémen. A única coisa mista que ali havia era, além de paneleiros, fufas a comerem-se como se a fome tivesse chegado a Madrid. E uma personagem ou outra que não era nem homem nem mulher... talvez sejam mistos e daí a nomenclatura. Mas dêem-nos cañas, música foleira e fazemos a festa. E fizemos. Só não fizemos um ménage à chegada do hotel porque isso sim seria esquisito. E porque os meus amigos cheiram a Roquefort nas partes.


5 comentários:

Pinky disse...

Aiiii q já tinha o cabelo a ondular.... Maldita chuva!!! :|

croassãn de lisboa disse...

Tinhas um secador para o esticar ao teu dispor no apartamento ;)

bratwurst disse...

a pinky fica sexy a cagar??

XL disse...

Essa é exactamente a descrição de MAdrid que eu conheço, já vi que nada mudou.

Xs disse...

Vou gostar de conhecer Madrid!