domingo, 18 de março de 2012

Os meus hábitos alcoólicos

Eu não tenho um problema. Tenho vários. Mas o álcool não é um deles. Simplesmente sinto que por vezes bebo muito. Mas isso não é um problema. É a solução para muitos problemas. Já pensei até ir aos Alcoólicos Anónimos mas isso seria desistir do álcool. E eu não sou pessoa de desistir das coisas.

Há dias em que sou um verdadeiro menino. Bebo um litro de leite como se tivesse uma vaca ao meu serviço e sou feliz. Outros dias há em que sobrevivo de uma alimentação variada entre coca-cola e coca-cola zero. Mas há dias em que simplesmente preciso de mais teor proteico. E aí vou ao álcool.

Deixei de fumar há um ano, pelo que decidi beber muito, quando bebo. Porque quero. E porque o meu horóscopo chinês assim o diz. Por vezes tenho um certo receio porque o álcool desinibe-me um bocadinho. E eu sou uma pessoa de palavras contidas.
Começo desde bem cedo, que é para combater o frio que se faz sentir na rua. As minhas amigas nesta fase, bebem o dobro porque trazem saias tão curtas que, por vezes, sinto que consigo-lhes vislumbrar as amígdalas... por baixo.

Depois, quando já estou em perfeita homeostasia com a temperatura ambiente, relaxo. Relaxar significa várias coisas desde indagar sobre a vida sexual das pessoas até apalpar-lhes o rabo. O que obviamente não faço, porque sou um homem casado.
Posteriormente, o álcool consegue fazer coisas fantásticas como transformar os meus pensamentos directamente em palavras, em volumes discretos de forma a que não se ouça num raio de 20 km. 10 talvez, mas 20 já é peixeirar. Este é o momento para tomar em mãos tarefas agendadas como  explicar a alguém que o seu cheiro é nauseabundo, expor os motivos porque achamos que uma amiga é tão puta, ou mesmo, contar os pormenores da performance sexual das pessoas que estão nas redondezas. Creio que é graças a ESTA fase, que o meu número de amigos no facebook diminui drasticamente. Já as minhas amigas aproveitam esta fase simplesmente para abrir as pernas.

Finalmente, após uma noite de movimentos espasmódicos aleatórios na vã tentativa de simular o acto de dançar, peço educadamente licença para ir à casa de banho e engano-me todas as vezes, e saio pela porta da saída para ir comer merdas com maionese. Chamem-lhe recalcamentos, mas às seis da manhã eu preciso de maionese.

Chego a casa e adormeço ao som da violentíssima orquestra sinfónica que actua na minha cabeça. Para depois acordar com a sensação que fui vítima de um gang bang e que ler um livro não teria sido má ideia. Mas se estou chateado com a dor de cabeça que o álcool me dá? Com as humilhações que só o meu amigo álcool me propicia? Não.
Eu não tenho problemas com o álcool.
O meu problema é a caganeira do dia seguinte.

4 comentários:

O Manelinho! disse...

He he he. Eu também tenho esses problemas, sou alcoólico selecto (só em certas almoçaradas/jantaradas é que pareço uma esponja e começo a libertar o taberneiro que habita em mim). Quanto ao dia seguinte o que recomendo para evitar isso...é tinto :-) a mim o verde deixa-me de rastos e obriga-me a meio da noite a emborcar 1l água. E o champanhe tem de ser do bom (Murganheira para cima) senão é azia na certa! O único problema do álcool é mesmo o preço :-) mas compensa....faz milagres!

Anónimo disse...

chorei um bocadinho, e acho que humedeci os boxers lol obrigado Schnoof ah ah XD

Xs disse...

Então começa a beber menos para teu bem, sim?
:)

Hugo disse...

Ah! Afinal não estou só no mundo! A única diferença é que quando chego a casa de manhã mando abaixo um litro de leite :D