quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Smelly Bitch

Eu compreendo que nos tempos que correm as pessoas passem para segundo plano a aquisição de fragrâncias quando não há dinheiro sequer para o leite; compreendo que face às facturas mensais que teimam em cair na caixa de correio, a água passe também a ser um bem equacionado. Uma axila hoje, uma borda amanhã. E não há mal nenhum nisso.

Mas não há cu que aguente um aroma intenso a katinga às seis da tarde, num supermercado, ao ponto de provocar broncospasmos em quem está de passagem. A senhora que exalava tal perfume, e que até estava com cara de quem se arranjava com algum cuidado, emanava um cheiro a favas com chouriço deixadas ao sol que não havia maneira de poder-se continuar a fazer compras na mesma ala. 

Se a opção era ir à parte da mercearia, rapidamente deu-me o desejo do gelado. Se ela ia aos champôs, eu rapidamente ansiava por o.b., nem que fosse para enfiar no nariz. Mas para mal da minha árvore respiratória, e tendo em conta a pequenez do supermercado, a cheirosa teimava em ir para as mesmas zonas que eu. Pensei mesmo que fosse fazer o mesmo prato que eu mas puta que me pariu, se eu ia ficar ali a trocar truques de receita. Avancei rapida e ridiculamente para outra zona, mas a verdade é que ninguem estava a suportar estar ao pé da senhora. Não fosse a minha gradual miopia, poderia ter observado a névoa de moscas a disfrutar do resort que o cu dela tão paradisiacamente facultava.

Mais tarde, já de certa forma nauseado, estava a terminar a compra de ingredientes para um prato que já nem me estava a apetecer tanto, até que o peido engarrafado aproximou-se da padaria para onde eu me dirigia e eu já não aguentei mais: Que se foda a broa, vou fazer bacalhau com pão de forma!

2 comentários:

Xs disse...

Isso é completamente insuportável!
Mas bacalhau com pão de forma??
Nãaaoooo!
:(

Schnoof disse...

Vê lá se eu não me torno no próximo Gomes de Sá