sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Champagne-Ardenne: Reims

Como qualquer alcoólico que se preze, tinha que vir parar à terra da produção mundial de champanhe. Tal como em Amsterdão, em cada esquina vemos uma cave; só que em cada cave escondem-se toneladas de garrafas da tão apetecida e sobrevalorizada gasosa com sabor a vinho.

Como alguém estava muito ocupado a tratar de assuntos de importância internacional, fui tratar de coisas mais importantes ainda e dei asas à minha futilidade percorrendo ruas para conhecer a cidade e ver lojas.

Reims vê-se em duas horas - com paragens. Não fosse eu ter-me perdido durante uns valentes minutos, e tinha passado a tarde numa esplanada francesa a ler O Ser e o Nada de Sartre (foi a capa que eu escolhi para  tapar a capa da Fanny Hill - Memórias de uma Prostituta).

Fui almoçar mais tartare porque aqui come-se comida crua em todo o lado. Seja salmão, seja carne, tudo cru. Adepto desta cuisine, estou a ponderar vender o meu fogão e substituir o espaço por vasos.
Houvesse bacalhau e também faziam dele tartare: em Portugal temos algo semelhante com tartare de bacalhau mas chama-se punheta. Sempre muito eruditos nas nossas nomenclaturas. Bons costumes.

Encontrei um mealheiro revestido de símbolos de Nova Iorque e comprei-o para ver se em Setembro, consigo escancarar aquela porcelana chinesa e entregar as minhas poupanças numa agência de viagens. Apesar de ainda ter lá estado o ano passado, já estou a ressacá-la.
Amanhã cá estarei ainda em Reims, e estou a perder gotinhas tal é a excitação de descobrir mais sobre esta terra tão grande e com tanto para ver e fazer! Acho que termino o meu livro não tarda.

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