Decidi escrever isto bem cedinho, para evitar que mais alguém cometa o mesmo erro que eu que hoje é o último dia deste espectáculo em cena. E se a sanidade mental populacional depender disso, thank God.
A peça dançante cuja história é... que lapso, não havia história, o que é que eu estou para aqui a palrar. A dança, segundo a coreógrafa, consiste em dar um peido em palco com as faces do cu en déhors.
E atirar lixo ao ar. Muito lixo. Que a grosso modo é como se poderia considerar o espectáculo: um monte de lixo. Um auto-retrato portanto.
Sem necessidade de recorrer a entrevistas à amiga Olga que alega querer tudo muito animalesco, a ideia passou. Não poderia ter sido mais real que soltar 5 cães com fome em palco.
Deduzo que a ideia da peça surgiu em plena crise de disenteria que teimou em não desaparecer. Ou então a peça como manifestação à abolição do ministério da Cultura que subsidiava estas obras de arte (se fosse só a julgar por esta amostra, até aplaudia Passos Coelho). Ou como manifestação ao encerramento do Hospital Miguel Bombarda demonstrando os efeitos nefastos de deixar os pacientes à solta integrados na sociedade.
Só não compreendo o porquê do não co-financiamento pela indústria farmacêutica responsável pela comercialização de anti-epilépticos em Portugal. Má gestão, calculo.
Aflige-me apenas que dançarinos que trabalharam arduamente durante toda a vida sejam ridicularizados em palco, em forma de clister para atender aos caprichos de uma "coreógrafa" que está claramente a gritar por ajuda.
Mas voltando ao que me trouxe aqui que não foi certamente a crítica às "artes": para evitar uma hora de dor epigástrica com contorções hercúleas para evitar soltar o quilo de gases que a peça provoca, vendam ou leiloem o vosso bilhete. 1 cêntimo já é considerado lucro espiritual e dou-vos garantias que ficarão a ganhar.
3 comentários:
Ufff... ainda bem que optei por não ir!!! :D
Se for roxa, seria Chocolate Milka.
Este deve ser melhor:
Rudolph Nureyev at Muppet Show
Enviar um comentário