segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Sudoeste e a puberdade

Ninguem ganha o Sudoeste. Não gosto do pó, não gosto de acampar, não gosto de cagar em sítios mais mal cheirosos que os meus próprios dejectos. Mas adoro a animação, o calor humano, a comida dita "de merda", a música e todo o ambiente de festival.

E se agora estou mais comedido, tempos houve em que fiz de tudo, experimentei de tudo e vomitei de tudo... e formei-me, tenho emprego e não estou fodido dos cornos (de certa forma).

E aceito que todos o façam e experimentem sem o discurso pós-vivido de "hoje é tudo uma desgraça e no meu tempo é que era."

Mas, se doidas doidas doidas andam as galinhas, loucas loucas loucas andam as meninas. Vejo nascer o fenómeno reverso da fúria dos sexos (e do sexo) estampado na muita adolescência que me rodeava.

Se antes os rapazes eram os malfeitores e os desviantes e os mal-intencionados, hoje em dia, com os mesmos comportamentos, chamemo-lhes de cordeiros. As raparigas com os seus 14 e 15 anos, soltaram a testosterona que havia em si e vai de charro, vai de litro de vodka, vai de gregório e vai de roçar cada milímetro corporal nos assustados meninos de leite, como que a dar aulas sobre a arte de fazer um bebé.

Não me choca pela vertente machista da coisa em que por serem raparigas agora a dominarem o terreno, são putas. São, é um facto, mas porque os tempos assim as ensinaram e porque os Morangos com Açúcar, liturgicamente assim o ditaram. Hoje em dia uma mama é tão passível de ser visto e mexido como um nariz, uma orelha ou um fio de cabelo.

E os rapazes, que me pareciam bastante ultrapassados, ali riam imóveis na vã esperança de apenas se divertirem à brava e beber até cair. Porque na verdade são adolescentes, e há todo um ciclo hormonal e fases de puberdade que ainda não emergiu, por mais que os forcem, ou que os levem a crer que sexo aos 13 é o último grito da moda.

Temo pelos pais que, na impossibilidade de proibir as filhas de irem aos festivais, podem ver os seus filhos que jogam cartas mágicas do Harry Potter, serem violados pelas feras recém menstruadas com as hormonas galopantes.

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