quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Eu e os meus botões

Não é que eu seja uma pessoa insensível, porque até nem sou. Mas diria que sou um bocadinho mais racional quando toca a sentimentos de compaixão e tristeza. Faço a cara de pena mais para acompanhar as caras que me rodeiam, do que por honestidade porque na realidade a minha cabeça grita uma obscenidade qualquer, quando acha aquilo tudo uma palhaçada.
Felizmente, ainda em jeito de restício de solidariedade com o trabalhador, as pessoas têm o direito de gozar o nojo após a morte de familiares. Porque é que chamam de nojo, provavelmente dever-se-á ao cheiro característico que os mortos emanam, mas eu não sou especialista em origens línguísticas... adiante.
Conheço uma pessoa (esta sim, uma bardajona em toda a essência) que está neste momento a gozar o nojo pela avó. Fiz a cara de pena, porque ninguem merece. Até que o meu cérebro efectivamente vibrou. Se eu não estou em erro, já ouvi esta frase mais 4 ou 5 vezes. Ora, se os meus conhecimentos em biologia não me falham, creio que cada pessoa tem, copulosamente, quatro avós... apenas.
Não que eu seja intriguista, mas cheira-me que alguem anda a perder dentes por cada mentira que espeta. É isso e enrabarem-me sem pedir licença. Ah espera, ela É desdentada. Assim já estou mais tranquilo.


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