Envoltas na polémica do que aconteceu no Meco, lembraram-se agora de ver o que é que se anda por aí a fazer nas praxes.
Eu gostei das minhas praxes confesso: ninguém me "obrigou" a andar nu pela rua, ninguém me vendou os olhos enquanto enfiavam bananas a trote pela boca abaixo em jeito de dar vida às fantasias reprimidas dos "dux", e ninguém me violou… com muita pena minha, claro.
As praxes tinham o intuito de fazer de uma semana desconhecida, um momento de diversão, com uma "humilhação" saudável sem exageros, e sem constantes recorrências às brincadeiras com objectos fálicos. Nesta medida, considero que as praxes foram um momento muito engraçado na minha vida. E confesso que preferi ser praxado do que nos anos seguintes em que chegava sem voz a casa de tanto ordenar o rastejo do rebanho.
Não sei muito bem que diversão se pretendia na praia do Meco, em pleno Inverno, às tantas da noite, sem espectadores. Mas daí à generalização para praxes divertidas e inesquecíveis, pensadas com o intuito de divertir quem está a ser praxado, mais do que fazer com que os praxados não queiram levantar o cu da cama no dia seguinte, torna-se tão exagerado como algumas (não todas) praxes.
Tenho pena que muitas sirvam apenas para dar a oportunidade a pessoas que obtêm pouco sexo no seu dia-a-dia, de realizarem as suas mais loucas fantasias com futuros colegas de trabalho. Ainda para mais numa altura de crise, em que a prostituição está ao preço da chuva e qualquer bolseiro tem-lhe fácil acesso. Contaram-me claro, porque eu não ando a fazer chamadas anónimas aos anúncios do Correio da Manhã.
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