Se em tão pouco tempo de blog já recebi comentários do mais DEF que há, então hoje quando eu expressar a minha opinião acerca dos últimos desenrolanços da Associação Fodográfica Fonográfica Portuguesa e do Partido dos anti-piratas, aí é que se vão urinar nas cuecas. Mas o blog é meu, portanto quem não gosta que vá cagar bolotas.
Ora parece-me que ultimamente tem sido apresentado à polícia mil pessoas semanais, criminosos do sacanço ilegal... isto tudo em nome da preservação dos direitos dos artistas portugueses.
Pois meus meninos, quer-me parecer que estão a agir um pouco de forma estúpida, desenfreada e sem pensar primeiro. Primeiro, porque acham que efectivamente as mil pessoas que sacaram a vossa música iria comprá-la caso isto fosse impossível. Pois desenganem-se... sacar uma música da Micaela ou uma melodiazita da Ruth Marlene para o réveillon não é sinónimo de que, alguma vez na vida, fosse comprar o cd das ditas.
Ainda para mais, parece-me que se esqueceram de que vivemos num mundo onde reina o youtube, o facebook, a cotonete, o aimini, etc. etc. etc. E isso não vai parar, portanto continuo sem perceber onde querem chegar com essas medidas. Pois, a lado nenhum porque se há resolução que fiz para 2011 (neste preciso momento atenção) é de que não vou sacar música portuguesa, não vou comprar música portuguesa, não vou assistir a nenhum concerto de música portuguesa e tudo o que é lusófono e com melodia porque acho que isto tudo, no panorama tecnológico actual, é deveras medieval e estúpido. A sério - e é aqui que devem estar os haters a urinarem-se e doidos para postar anonimamente que eu sou isto e aquilo - pois vão-se foder.
O que eu acho (e aqui é que diferimos dos países civilizados) é que, dado que esta situação dos downloads ilegais existe, a solução não vai ser de punir cada marmelo que já sacou a moda do pisca pisca (mas que nunca o compraria). Isso, como muitas atitudes que se tomam neste país, não muda nada.
A solução, se é que ainda alguem está a ler, é abraçar o mundo tecnológico e todas as possibilidades que ele oferece e, em parceria, obter as infinitas formas de rendimento que o mundo virtual pode oferecer. Não sei se os artistas portugueses já ouviram falar no Youtube VEVO ou se já pensaram nas possibilidades monetárias infinitas que existiriam se associassem o vosso trabalho musical aos sites de downloads gratuitos legais que se rendem ao mundo da publicidade e que PAGAM ao artista por cada download. Ou então ceder a música às rádios online que pagam consoante a quantidade de ouvintes (last.fm).
Assim talvez, a Ruth Marlene, em vez de vender 100 cds e cassetes, se se rendesse às mil e uma possibilidades da internet, receberia pelos 1000 ou mais downloads gratuitos através da publicidade associada a esses sites. Ou então pelas vezes infinitas que a música era ouvida ao longo dos tempos através de rádios legais pagadoras.
Mas não... ao contrário dos passos que as editoras discográficas americanas estão a dar no sentido de render o peixe, os portugueses não têm paciência para estas soluções porque acham que identificar o sacador vai resolver os seus problemas de liquidez.
Pois, prontux, já sabem que música portuguesa não vai haver para mim em 2011. É a crise. Prefiro sacar talvez as músicas gratuitas que o próprio Usher ou a Maraia ou Mádona disponibilizam nos sites rodeado de publicidade, de forma legal. E que eu saiba, nenhum deles está a morrer à fome.
1 comentário:
só não vou acrescentar mais nada porque tu já disseste tudo. Fantástico.
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