quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Ternura dos 30... mas sem o olho negro...

Faço 30 anos dentro de um mês o que me deixa impelido socialmente para tratar de uma festa memorável porque só se faz 30 uma vez. Não é que me apeteça muito, mas sei que aos 40 vou desejar que aos 30 tivesse feito uma festa em que no dia seguinte estivesse tudo de cuecas no tornozelo e de cabeça enfiada na sanita à procura do Nemo.
A menos que acabe no Trumps, que nessas sanitas não enfio a cabeça. Não que seja esquisito, só não quero engravidar.

Todavia não estou a ver onde poderei fazer uma festa convenientemente (e esta parte dever-se-á provavelmente ao facto de não me apetecer fazer festa) . Ora porque é a crise e mandam-me à fava se for um jantar caro, ora porque não vou passar o meu aniversário no Burger King que p'ra isso, vou ao Elefante Branco fazer algo diferente e enfiar notas no cu de uma badalhoca qualquer.

Não me apetece fazer em casa porque o meu chef gourmet particular está indisponível nesse dia (e nos outros dias todos do ano que eu só o vejo em sonhos), e sinceramente entre passar o dia a cozinhar ou a jogar à roleta russa a ver se chego efectivamente aos 30 a troco de 10 mil euros, prefiro arriscar na bala nos cornos.

Também não tenho dinheiro para pagar o jantar aos amigos da cueca no tornozelo. Em parte por culpa da minha mãe, que eu sempre disse que quando fosse grande ia ter uma piscina e 30 criados, ao que a minha mãe respondia:

- Se estudares muito e tirares um curso superior e trabalhares muito, podes ter isso tudo.

Ora que tudo isto não ia muito de encontro aos meus sonhos de ser dondoca na altura, o que me levou apenas a olhar para a minha mãe com o meu olhar "girrrl, are you fuckin' crazy?". Descobri mais tarde que devia ter mantido esta primeira crença e que os pais afinal não sabem tudo e que estava cravado na minha linha da vida chular um paneleiro rico mas "escondido", a troco de sexo e mediante o não pagamento dos meus luxos, a ameaça de lhe escancarar as portas do armário para o mundo. Ya, eu teria dado uma grande puta. 
Mas a vaca dos testes psicotécnicos achou que eu dava melhor para empregos mais mal pagos.

Resta-me a esperança de acabar a minha noite numa valeta, que isso sim é de valor. Se pudesse ser acordado com um cão a mijar-me em cima seria a cereja em cima do bolo. E arrastar-me para casa e ter uma grande manhã de sexo. Agora que reparo no título do post, sou bem capaz de ficar com o olho negro... 






1 comentário:

Sérgio disse...

Não fiz uma festa de arromba as 30, mas foi na mesma memorável e muito, muito especial.
Penso que é só isso que importa