sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tenho que começar a usar guardanapos

Estava eu a abrir uma revista muito antiga (com cerca de um ano de idade) para poder rasgar uma das suas folhas e servir-me dela como base para descascar uma laranja, sem cagar o local de trabalho. Que cagar é coisa que eu faço de forma mestra.

Ao pousar os meus sumarentos gomos de laranja na cara de um homem de meia idade com ar de psicopata, deparo-me com uma notícia de morte: Pai mata filha, pousa corpo no sofá, prepara jantar para ele e para a filha, ao som de Tony Carreira.

Ora, eu acho isto tudo de muito mau gosto. Não pela questão de ter morto a filha, atenção. Provavelmente a criança portou-se mal mais do que uma vez e, convenhamos, não há cu que aguente o mau comportamento dos miúdos de hoje em dia. Assim sendo, e como à terceira é de vez, o pai anunciou o castigo e perante a insubordinação, matou a filha tal como tinha avisado. Chama-se a isto educar uma criança com pulso firme.
Agora, morta à paulada por se ter portado mal e ainda ter que levar com Tony Carreira à força, já é abuso de autoridade. Os castigos têm de ser doseados e isto é ultrapassar as marcas.

E lá continuei a comer a laranja, porque apesar de macabro, isto já aconteceu há um ano e a menina já se deve ter esquecido da crueldade de ter levado com Tony Carreira.
Deus deve ter-lhe dado Enya.

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