domingo, 10 de julho de 2011

Amsterdam Day 1 Part 2

Chega a companhia e recordo-me que enfiei uma salsicha na boca todo o dia (duas se contarmos a salsicha "nouvelle cuisine" oferecido pela TAP).
Vamos almoçar às 5 da tarde. Optamos pelo melhor da comida holandesa: Burger King. Escavamos rua acima e rua abaixo até chegarmos à rua das putas. Cem vezes mais deplorável do que imaginei. É o que dá ter expectativas. Conta-se pelos dedos o número de acompanhantes com a arcada dentária completa. Umas sentadas num cubículo com azulejo branco tipo animal de pet shop, de perna aberta e a chupar o dedo; outras simplesmente sentadas a mexer no telemóvel enquanto mascam pastilha à puta, alheias aos possíveis clientes que passeiam na rua. Isto é como em tudo: há bons e maus profissionais.
X- Tive uma amiga da Opus Dei que veio morar para esta rua.
Eu- Porquê, é estúpida ou é retardada?
X- Não, ela simplesmente achava que não ia ficar tão susceptível.
Eu- Gays, putas na vitrine, ganzas em todas as esquinas e sexo ao vivo casa sim, casa não, tudo na mesma rua... é estúpida e retardada.
X- Pois, chorava imenso e acabou por ir para uma casa cristã.
Mais à frente, uma fila enorme à porta de uma casa de espectáculos que fariam prever uma peça famosa: era sexo ao vivo. Pela fila, deve ser o "Fantasma da Ópera" da foda, mas não entramos.
Procuramos coffee shops e entramos provavelmente na pior. Pedimos cannabis e sentamo-nos.
X- Sabes enrolar?
Eu- Não, tu não sabes?
X- Não.
Gastamos três mortalhas para, no final, conseguir algo parecido a um robusto rebuçado que fazia prever uma overdose quando chegássemos a meio.
Saimos, e aos poucos estávamos de nenúfar em nenúfar a enrolar a língua e com olhos de hong kong. Nem para toxicodependente sirvo. Fomos para o hotel não fosse eu descobrir que tinha epilepsia em praça pública. Adormecemos. Esquecemo-nos de jantar.

2 comentários:

AcidoAce disse...

Lá está, levo sempre alguém que saiba enrolar

Anónimo disse...

vocês são uns meninos...lol