Este ano, como iniciei férias ontem decidi ver os Globos de Ouro. Não vou postar aqui os dez mil "ensembles" feios como a merda que surgiram naquele espaço porque senão não fazia mais nada. Com excepção do vestido da Wallenstein que lhe acentuava os dois cus e o vestido de puta da Bárbara.
E antes de entrar no espectáculo propriamente dito, fiquei na dúvida se tinha havido greve de cabeleireiros para o evento. Andava tudo por lá com cabelo mal amarrado com o elástico das cuecas e algumas com ele todo desemaranhado como se os pintelhos na cabeça fossem a última tendência. Até o Luis Borges que tem o cabeleireiro em casa, mas com aquele corpo em casa quem é que teria tempo para pentear-lhe o cabelo.
A apresentação pela Bárbara, que há-de ser feita até a senhora andar de cadeira de rodas, foi deveras dolorosa. Tentativa de piada após tentativa de piada, com grandes planos da cara de frete da plateia a olhar para a senhora que tentava dar o ar da sua graça. Com vestido de puta e mamas a saltar que poderiam ser o próximo slogan d"A Leiteira", a senhora não foi talhada para aquilo.
Com uma plateia daquelas, nem era preciso um guião prévio para por as piadas a rolar pela noite dentro.
Com uma plateia daquelas, nem era preciso um guião prévio para por as piadas a rolar pela noite dentro.
O casal da novela a fazer uma espécie de interrupção tipo Batatinha a toda a hora, fazia lembrar aquelas piadas dolorosas da Maria Vieira quando fazia teatro de revista.
Metade dos nomeados não apareceram e levamos com meia dúzia de desconhecidos a receber prémio após prémio. A Ronalda já se tornou quase mais conhecida que o irmão de tanto ir receber o prémio por ele. "Eu não sou o Cristiano Ronaldo", dizia ela. Não querida, és três Cristianos espremidos num vestido.
A mim não me enganam mais vez nenhuma. Deveria ter ido ao cinema ver o Pina. Mas embarco em tudo o que é merda, valha-me Deus.
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